Experimente agora!
VoltarHome/Jurisprudência Previdenciária

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. SEPARAÇÃO DE FATO. PROVA TESTEMUNHAL. TRF3. 0000961-49.2010.4.03.6311...

Data da publicação: 14/07/2020, 15:36:14

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. SEPARAÇÃO DE FATO. PROVA TESTEMUNHAL. 1. Para a concessão do benefício de pensão por morte devem ser comprovadas a qualidade de dependente, nos termos da legislação vigente à época do óbito, e a qualidade de segurado do falecido, ou, independentemente da perda da qualidade de segurado, o preenchimento dos requisitos para concessão de qualquer aposentadoria. 2. A separação e a renúncia à pensão alimentícia, por si só não impedem a concessão do benefício de pensão por morte. No entanto, a dependência econômica do ex-cônjuge por não ser mais presumida, nos termos do Art. 16, I, § 4º, da Lei 8.2113/91, deve ser comprovada. 3. Apelação desprovida. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2108252 - 0000961-49.2010.4.03.6311, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, julgado em 20/03/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:27/03/2018 )


Diário Eletrônico

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

D.E.

Publicado em 02/04/2018
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000961-49.2010.4.03.6311/SP
2010.63.11.000961-6/SP
RELATOR:Desembargador Federal BAPTISTA PEREIRA
APELANTE:ROSANA DE OLIVEIRA COSTA
ADVOGADO:SP188672 ALEXANDRE VASCONCELLOS LOPES e outro(a)
APELADO(A):Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
PROCURADOR:SP131069 ALVARO PERES MESSAS e outro(a)
ADVOGADO:SP000030 HERMES ARRAIS ALENCAR
APELADO(A):ROSANE ROCHA
No. ORIG.:00009614920104036311 2 Vr SANTOS/SP

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. SEPARAÇÃO DE FATO. PROVA TESTEMUNHAL.
1. Para a concessão do benefício de pensão por morte devem ser comprovadas a qualidade de dependente, nos termos da legislação vigente à época do óbito, e a qualidade de segurado do falecido, ou, independentemente da perda da qualidade de segurado, o preenchimento dos requisitos para concessão de qualquer aposentadoria.
2. A separação e a renúncia à pensão alimentícia, por si só não impedem a concessão do benefício de pensão por morte. No entanto, a dependência econômica do ex-cônjuge por não ser mais presumida, nos termos do Art. 16, I, § 4º, da Lei 8.2113/91, deve ser comprovada.
3. Apelação desprovida.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Décima Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.


São Paulo, 20 de março de 2018.
BAPTISTA PEREIRA
Desembargador Federal


Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por:
Signatário (a): PAULO OCTAVIO BAPTISTA PEREIRA:10021
Nº de Série do Certificado: 10A516070472901B
Data e Hora: 20/03/2018 19:16:14



APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000961-49.2010.4.03.6311/SP
2010.63.11.000961-6/SP
RELATOR:Desembargador Federal BAPTISTA PEREIRA
APELANTE:ROSANA DE OLIVEIRA COSTA
ADVOGADO:SP188672 ALEXANDRE VASCONCELLOS LOPES e outro(a)
APELADO(A):Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
PROCURADOR:SP131069 ALVARO PERES MESSAS e outro(a)
ADVOGADO:SP000030 HERMES ARRAIS ALENCAR
APELADO(A):ROSANE ROCHA
No. ORIG.:00009614920104036311 2 Vr SANTOS/SP

RELATÓRIO



Cuida-se de apelação interposta contra sentença proferida em ação de conhecimento em que se pleiteia a concessão no benefício de pensão por morte na qualidade de cônjuge.


Antecipação dos efeitos da tutela deferida em 01/06/2010 e determinada a inclusão de Rosane Rocha no pólo passivo da demanda (fls. 38).


A corré Rosane Rocha foi citada (fls. 106) apresentou sua resposta (fls. 212/215).


O MM. Juízo a quo revogou a tutela antecipada e julgou improcedente o pedido, condenando a autora em honorários advocatícios de R$1.000,00, suspensa sua execução nos termos do Art. 12, da Lei 1.060/50, ante a assistência judiciária gratuita.


Inconformada, a autora apela, pleiteando a reforma da r. sentença, sustentando estar comprovada sua dependência econômica em relação a Wilson de Souza Costa.


Sem contrarrazões, subiram os autos.


É o relatório.





VOTO

A pensão por morte é devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, e independe de carência (Lei 8.213/91, Art. 74 e Art. 26).


Para a concessão do benefício são requisitos a qualidade de dependente, nos termos da legislação vigente à época do óbito, bem assim a comprovação da qualidade de segurado do falecido, ou, independentemente da perda da qualidade de segurado, o preenchimento dos requisitos para concessão da aposentadoria (Lei 8.213/91, Art. 15 e Art. 102, com a redação dada pela Lei 9.528/97; Lei 10.666/03).


O óbito de Wilson de Souza Costa ocorreu em 17/07/2006 (fls. 81 e 154).


A autora era casada com o falecido, como se vê da cópia da certidão de seu casamento juntada às fls. 14. Entretanto, não logrou comprovar a constância deste.


Com efeito, de acordo com os comprovantes de endereço juntados aos autos, a autora, tem como endereço a Rua Senador Lacerda Franco, 105 - cs2, na cidade de Santos/SP, enquanto o de cujus residia na Rua Agrícola, 1.024, na cidade de Bangu/RJ (fls. 11vº/12 e 85); na Declaração de Ajuste Anual do IRPF (fls. 88), o falecido declarou como seus dependentes a corré Rosane Rocha e os filhos havidos com ela (fls. 88).


Como bem posto pelo douto Juízo sentenciante:


"As provas produzidas nos autos demonstraram que o de cujus convivia com a corré Rosane Rocha há muitos anos, sendo que com ela teve dois filhos (fls. 82/83), o que foi corroborado pelo depoimento da testemunha da autora, ..."

A separação e a renúncia à pensão alimentícia, por si só não impedem a concessão do benefício de pensão por morte. No entanto, a dependência econômica do ex-cônjuge por não ser mais presumida, nos termos do Art. 16, I, § 4º, da Lei 8.2113/91, deve ser comprovada, o que não fez a autora.


Destarte, é de se manter a r. sentença tal como posta.


Ante o exposto, nego provimento à apelação.


É o voto.



BAPTISTA PEREIRA
Desembargador Federal


Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por:
Signatário (a): PAULO OCTAVIO BAPTISTA PEREIRA:10021
Nº de Série do Certificado: 10A516070472901B
Data e Hora: 20/03/2018 19:16:10



O Prev já ajudou mais de 140 mil advogados em todo o Brasil.Faça cálculos ilimitados e utilize quantas petições quiser!

Experimente agora